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Foto do André Pinto Rebouças.
Fonte: Imagem de Internet.

André Pinto Rebouças

★ 13/01/1838 - ✝ 09/05/1898

O 1º Tenente Engenheiro, André Pinto Rebouças nasceu em 13 de janeiro de 1838 na cidade de Cachoeira, Bahia. Filho do Conselheiro Antônio Pereira Rebouças e de Dona Carolina Pinto Rebouças, André Rebouças nasceu com condições precárias de saúde e, em razão disso, recebeu o mesmo nome do avô materno, pois não se acreditava que passaria dos primeiros dias de vida.

Contrariando as expectativas, ele recuperou-se da enfermidade e seguiu com sua família para o Rio de Janeiro em 1846, onde frequentou a Escola Central, predecessora da Escola Polytechnica, entre 1854 e 1860, e tornou-se engenheiro militar. Após sua formação, especializou-se em Obras Hidráulicas, realizando estudos em vários países da Europa nos anos de 1861 e 1862.

Neste mesmo ano, ao retornar de sua especialização, foi enviado pelo Ministro da Guerra, Polidoro da Fonseca Jordão, em sua primeira missão como tenente engenheiro. Destarte, devido a Questão Christie, foi incumbido de supervisionar as fortificações brasileiras de Santos até Santa Catarina.

Na ilha de Anhatomirim, na baía norte da ilha de Santa Catarina, fez seu primeiro trabalho como engenheiro, coordenando o reparo do velho paiol da fortaleza. Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1864, voluntariou-se para a Guerra da Tríplice Aliança e permaneceu no combate por um ano, até que baixou devido à varíola.

De volta ao Brasil, em 1866, tornou-se professor da Escola Politécnica, assumindo a cadeira de Resistência de Materiais. No mesmo período, sua carreira de empresário começou a consolidar-se e ele assumiu a gerência das obras da primeira doca moderna do império brasileiro, a Doca da Alfândega.

Sua trajetória exitosa seguiu-se nos anos posteriores, quando, em 1869, protagonizou a regulamentação de uma nova legislação para o serviço portuário brasileiro. Dois anos depois, concebeu uma nova e mais robusta doca para a capital monárquica na região do Valongo, a Doca Dom Pedro II. Ambas as docas foram gerenciadas por Rebouças através das primeiras companhias portuárias privadas do Brasil, as quais ele idealizou.

Destacou-se em cada uma das habilidades que desenvolveu, mas, indubitavelmente, foi em sua vivência abolicionista que atingiu o auge de sua paixão. Sua luta contra a escravidão seguiu mesmo após a abolição, em 1888, quando manteve sua dedicação aos vários projetos de inclusão dos libertos. Seu idealismo abolicionista pode ser sintetizado pela frase de sua autoria: “Quem possui a terra, possui o homem”. Mas, com o fim do Segundo Reinado, Rebouças desacreditou que novos avanços pudessem acontecer baseado nos ideais abolicionistas. Sendo assim, exilou-se, partindo com a família imperial para a Europa, onde viveu até 1892.

Entre março de 1892 e julho de 1893, Rebouças viveu em diferentes países africanos. Após esse período, partiu para a Ilha da Madeira, onde viveu seus últimos anos e faleceu no dia 09 de maio de 1898.

Foto do André Rebouças.
Fonte: Imagem de Internet.
Foto do André Rebouças.
Fonte: Imagem de Internet.
Fonte: Canal TV Brasil - Youtube.
Fonte: Canal do IME no Youtube.

Para saber mais, veja em:
Tese de Doutorado De Antonio Carlos Higino da Silva - PORTOS DE COMMERCIO Tecnologia, Associacionismo e Redes de Sociabilidade: os desafios e as propostas modernizadoras de André Pinto Rebouças para o Brasil do Segundo Reinado (1850-1890). UFRJ - 2019.