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Logotipo da exposição 200 Anos de Ciência e Tecnologia no Brasil
Foto do Instituto Militar de Engenharia foi pioneiro no Curso de Engenharia Aeronáutica.
Fonte: Acervo do ITA.

A Evolução do Ensino Militar e Civil de Engenharia

1934-1947

O Exército Brasileiro é, sem dúvida, vanguarda no desenvolvimento científico e tecnológico do país. Desde a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, de 1792, passando por suas sucessoras, o ensino da engenharia no Brasil possibilitou ampliações fundamentais no poder de combate do Exército, fomentando, concomitantemente, progressos nos campos da ciência e tecnologia do País.

Nesse contexto, é importante ressaltar que as mudanças históricas ocorridas no Brasil e no Mundo, especialmente as de natureza científica, acarretaram na transformação do campo do ensino da engenharia. Em consequência, fiel a seu invulgar pioneirismo, o Exército acompanhou essa evolução, o que pode ser constatado pelo histórico de suas escolas de formação - da Escola Militar da Praia Vermelha (1874 a 1904), posteriormente a Escola Técnica do Exército (1933), e por fim, a partir de 1949, o Instituto Militar de Engenharia (IME) - onde tiveram início novos cursos de engenharia do Brasil.

Dentre os cursos criados, destacamos o Curso de Engenharia Aeronáutica, autorizado pelo Aviso Ministerial de 14 de janeiro de 1939, que funcionou na Escola Técnica do Exército até 1950. Esse curso resultou na criação do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, em 16 de janeiro de 1950, marco histórico da inovação e importante vetor do desenvolvimento do Brasil.

Assim como o curso de Aeronáutica, foram criados pelo Exército os cursos de Metalurgia, em 1938, e o de Comunicações, em 1939, importantes marcos na história do ensino da engenharia no Brasil. Os recursos humanos formados nesses cursos, atuaram decisivamente na implantação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a primeira grande indústria de base do país, e do Sistema Nacional de Telecomunicações.

Ainda em face das evoluções em andamento à época, o Instituto Geográfico Militar, que funcionava na Escola Politécnica, no Largo de São Francisco desde 1934, passou a funcionar na Escola Técnica do Exército, com o nome de Curso de Geodésia e Topografia, a partir de 14 de fevereiro de 1941, origem do atual Curso de Engenharia Cartográfica do Instituto Militar de Engenharia.

Como fenômeno mais recente, fruto de um debate conectado com as questões resultantes da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), destacamos a criação dos cursos de Introdução à Engenharia Nuclear, em 1954, e a primeira pós-graduação em Engenharia Nuclear do Brasil, criada em 1957, no IME.

Do mesmo modo, alinhado com os avanços tecnológicos dos novos tempos, notadamente ao que se refere à defesa cibernética, o Exército criou o Laboratório de Segurança Cibernética (LaSC), no IME. Este núcleo científico é voltado para estudos sobre a segurança cibernética de infraestruturas como fábricas e usinas. A presença de engenheiros militares realizando pesquisa e desenvolvimento de sistemas de segurança cibernética por meio de simulações e monitoramento em tempo real, podem contribuir para a defesa de infraestruturas críticas do território nacional, como a usina de ITAIPU.

Ainda em face dos desafios mais recentes, o Laboratório de Mecatrônica surgiu da necessidade da concentração das competências existentes em Eletrônica, Mecânica, Computação, Automação e Controle, a fim de realizar ensino, pesquisa, desenvolvimento e inovação em Sistemas Mecatrônicos com aplicação dual.

Enfim, pode-se constatar que, ao longo da história do ensino da Engenharia no Brasil, o Exército esteve sempre presente, inovando e contribuindo para a formação de recursos humanos altamente qualificados para o país. Seu ensino de excelência, herança e legado que marca a sua tradição, seguirá alinhado às necessidades do Exército e do Brasil, visando atender as demandas dos novos tempos, caracterizadas pelo vertiginoso avanço tecnológico.

Foto do então Cap Ruas manusando o Acelerador de Elétrons projetado e desenvolvido no IME.
Fonte: Acervo do IME.
Foto da construção da Companhia Siderúrgica Nacional, que teve participação de engenheiros egressos do IME.
Fonte: Acervo do IME.
Foto do professor Hervásio de Carvalho
Fonte: Acervo do IME.
Foto da sala de aula nos anos 50, no IME.
Fonte: Acervo do IME.
Fonte: Canal do IME Exército no Youtube.
Fonte: Canal do IME Exército no Youtube

Para saber mais, veja em:
http://www.ime.eb.mil.br/historia.html