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Logotipo da exposição 200 Anos de Ciência e Tecnologia no Brasil
Foto do Carta Topográfica do Districto Federal, hoje Município do Rio de Janeiro.
Fonte: Acervo do DSG.

A Cartografia e o Exército Brasileiro

1919-1922

Do Brasil colônia aos primeiros anos da República, a representação do território brasileiro sempre se mostrou um desafio. Fosse pela vasta área a ser representada ou pela complexidade do relevo, o desafio de mapear uma nação tão imensa, em tempos de escassos meios tecnológicos, esbarrou em dificuldades e contratempos que, somente ao longo da história, foram progressivamente superados.

Nesse contexto, o Exército esteve presente e contribuiu de forma decisiva para o avanço da cartografia no país. A tecnologia cartográfica brasileira recebeu grande impulso nos primeiros anos do século XX. Visto que, até então, as cartas topográficas eram produzidas segundo uma perspectiva majoritariamente artística. Consequentemente, o material concebido não possuía alto grau de confiabilidade e precisão, não obstante sua inegável contribuição, considerando os padrões da época, e seu inestimável valor histórico.

Diante desse cenário, em 1918, a partir da sugestão do então Major Alfredo Vidal, o Exército Brasileiro contratou técnicos e engenheiros austríacos para a organização do Serviço Geográfico Militar (SGM) no Brasil. Foi a partir da chegada da Missão Cartográfica Austríaca, em 1920, e em virtude das novas técnicas trazidas por ela, que a produção cartográfica passou a ter uma abordagem técnico-científica. Foi nesse contexto, por exemplo, que se produziu a “Carta Topográfica do Districto Federal” (atual Município do Rio de Janeiro), apresentada no estande do Exército na Exposição Internacional do Centenário da Independência, em 1922. Os austríacos introduziram em nosso país o levantamento topográfico à prancheta, os métodos estereofotogramétricos de emprego da fotografia terrestre e aérea e a impressão offset de cartas.

Desde então, a cartografia brasileira não parou de se organizar e inovar. Da regulamentação da Diretoria do Serviço Geográfico (DSG), em 1946, passando pela criação do Conselho Nacional de Cartografia, em 1961, a criação da Comissão Nacional de Cartografia Militar (CONCARMIL – 1995-2003) e, por fim, em 2008, a criação da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE).

Nessa nova conjuntura, um importante marco para o Exército foi a criação, em 1987, do Centro de Cartografia Automatizada do Exército (CCAuEx), em Brasília-DF. Nesse novo centro de referência, teve início a primeira grande mudança de paradigma nas atividades de produção cartográfica da DSG, com a substituição dos procedimentos da cartografia tradicional analógica pelos oferecidos pela cartografia automatizada digital.

Enfim, o Exército Brasileiro, por intermédio da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), vem cumprindo, há mais de um século, a sua atribuição legal de produzir o conhecimento do território nacional em prol da integridade territorial e do desenvolvimento da sociedade brasileira, atuando continuamente na modernização de seus meios frente aos imensos avanços tecnológicos ocorridos ao longo dos anos.

Foto do então Cap Ruas manusando o Acelerador de Elétrons projetado e desenvolvido no IME.
Fonte: Acervo do DSG.
Foto durante o Voo Aerofotogramétrico - Inovação para a Cartografia no início do Século XX.
Fonte: Acervo do DSG.
Impressão da primeira carta construída com técnicas  de cartografia automatizada.
Fonte: Acervo do DSG.
Foto da sala de aula nos anos 50, no IME.
Fonte: Acervo do DSG.
Fonte: Canal do Exército Brasileiro no Youtube.

Para saber mais, veja em:
http://www.2cgeo.eb.mil.br/index.php/historico